O Presidente da Ordem dos Economistas da Madeira assina o terceiro "Barómetro de Campanha".
Responde à questão: O que tem a campanha de escaldante, quente, morna e fria? E critica o excesso de intervencionismo estatal presente em muitas propostas.
A Campanha continua marcada por escalar de propostas e promessas de intervencionismo estatal em todos os aspetos da vida dos madeirenses por todos os 14 partidos/coligações concorrentes. Bem previu Joseph Schumpeter, no seu livro Capitalism, Socialism and Democracy (1942) que o socialismo poderia vencer n´~ao por mérito económico, mas através da democracia e do voto popular. Estatismo castra empreendorismo e ideias, as tais que só elas podem iluminar na escuridão. Nunca funcionou, não funciona nem funcionará. Mas parece que é inevitável...
Peço desculpa aos ausentes no termómetro, pois sei que se esforçarammuito para criarem as mais diversas propostas e promessas, mas tal como um treinador de futebol, tenho de decidir quais entram em campo hoje e ao contrário da Vossa imaginação, bondade e ao que parece recursos (leia-se"dinheiro dos outros"), tenho um limite de carateres a respeitar.
Uma última palavra para o crescente embelezamento das nossas paisagens com cartazes cheios de classe como os da mala, alguns a regressarem ao estilo anos 70, alguns subliminarmente a lembrar a infatilidade das promessas (como o do bob o construtor). É uma sorte este trimestre turístico estar a bater recordes de visitantes que poderão levar açém-fronteiras toda esta riqueza "democrática". Depois da cebola, semilha, destino, jogador, bolo de mel, bol do caco, poncha, praia de areia, teremos a "melhor democracia do mundo"?